Depois da segunda alteração feita pelo governo federal, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, decidiu pautar para segunda-feira (16) a urgência do decreto publicado ontem pelo Executivo que altera o Imposto sobre Operações Financeiras, o IOF.
Em meio ao debate com o Congresso sobre o equilíbrio das contas públicas, o presidente Lula falou hoje (12), em Minas Gerais, que não foi eleito para beneficiar pessoas ricas.
O decreto presidencial que altera uma parte das mudanças no IOF e a medida provisória para cumprir a meta fiscal trouxeram várias mudanças:
-
a tributação sobre o faturamento das bets aumenta de 12% para 18%;
-
a a valer uma alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre títulos de investimento do agronegócio e do setor imobiliário, hoje, totalmente isentos;
-
o Imposto de Renda sobre os rendimentos de aplicações, incluindo criptomoedas, a a ter alíquota única, de 17,5%;
-
as fintechs, que hoje pagam alíquotas de 9% da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), ariam a pagar 15% ou 20%;
-
e, por último, o fim da alíquota fixa do risco sacado, modalidade de crédito em que bancos antecipam valores para varejistas, representando uma redução de 80% na tributação.
“Para mirar o centro da meta desse ano, nós estamos negociando dividendos extraordinários com as estatais; a questão do PL do Óleo, que é aquele perímetro adjacente ao que foi licitado; e essa questão, que deve gerar alguma coisa, um pouco menos de R$ 20 bilhões”, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A oposição defende que o governo faça cortes no orçamento. O presidente da Câmara, Hugo Motta, já marcou para a próxima segunda uma sessão para suspender o decreto do governo que alterou o aumento das alíquotas do IOF.
A federação dos partidos União e Progressistas, que tem ministérios na Esplanada, sugere, por exemplo, cortes no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), uma diminuição de concursos públicos e cortes em despesas obrigatórias na saúde, educação e programas sociais — essas últimas também já cogitadas por Haddad.
Apesar dessa cobrança por cortes, o governo argumenta que tem diminuído os gastos. Em março, uma restrição de mais de R$ 69 bilhões, que deve valer até novembro. No mês ado, em maio, o governo anunciou mais um congelamento — dessa vez de R$ 31 bilhões.
Nesse meio tempo, o Congresso cobra do governo a liberação de emendas parlamentares, que este ano somam R$ 52 bilhões. O assunto está no STF, que cobra mais transparência no processo.
Outras medidas seguem paradas no Congresso: é o caso da previdência dos militares e o fim dos supersalários do serviço público.
Também hoje, em Minas Gerais, o presidente Lula voltou a falar das isenções fiscais e afirmou que não foi eleito para beneficiar ricos:
“Vocês sabem quantos bilhões a gente dá de isenção para os ricos desse país que não pagam imposto? R$ 860 bilhões! Eu governo para todos os brasileiros, mas eu tenho preferência e obrigação moral, ética e política de gostar, istrar e cuidar do povo que mais precisa, do povo mais pobre, do povo trabalhador, da classe média. Eu não fui eleito para fazer benefício para rico”.
Clique aqui para saber como sintonizar a programação da TV Brasil.