Israel lançou uma série de ataques na madrugada desta sexta-feira (13/6) contra alvos nucleares e militares em diversas regiões do Irã, inclusive na capital Teerã. O governo israelense disse que a ação envolveu 200 caças e destruiu a principal usina de enriquecimento de urânio do país, matou 20 dos principais comandantes da Guarda Revolucionária, além de seis dos principais cientistas nucleares iranianos. Um oficial israelense afirmou que o Irã estava prestes a concluir a construção de uma arma nuclear e que tinha capacidade de produzir 15 bombas em poucos dias.
O presidente do Irã, Masoud Pezeshkian, disse que o país fará Israel se arrepender do que chamou de ato tolo, com medidas firmes em defesa legítima da integridade territorial do país. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, comemorou os ataques e disse que este era o início de uma operação prolongada, batizada de Leão Ascendente.
Após os ataques, o governo israelense declarou estado de emergência para prevenir uma retaliação iraniana. Em Jerusalém, os moradores correram para os supermercados para estocar alimentos, enquanto em Teerã multidões de manifestantes, liderados por estudantes, se reuniram para pedir retaliação.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que os Estados Unidos não estão envolvidos nos bombardeios. O presidente Donald Trump pediu que o Irã faça um acordo sobre seu programa nuclear, dizendo que ainda há tempo para o país evitar mais conflitos com Israel.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que os ataques são preocupantes e pediu a todas as partes que recuem e reduzam as tensões urgentemente, acrescentando que a estabilidade deve ser prioridade. O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, também pediu que todas as partes mostrem moderação, chamando o momento de perigoso.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que a Rússia considera que os ataques não foram provocados e violaram a Carta das Nações Unidas, acusando Israel de destruir os esforços diplomáticos para chegar a um acordo que acalme as preocupações ocidentais sobre o programa nuclear de Teerã.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou a escalada militar no Oriente Médio, destacou as preocupações com os ataques israelenses às instalações nucleares iranianas em meio às negociações em andamento entre os Estados Unidos e o Irã, pedindo moderação para evitar um conflito regional mais profundo.
O Ministério das Relações Exteriores do Brasil condenou firmemente o ataque de Israel contra o Irã e pediu o fim imediato das hostilidades. De acordo com o Itamaraty, o ataque desta madrugada viola a soberania iraniana e do direito internacional, além de ameaçar mergulhar toda a região do Oriente Médio em um conflito de grandes proporções. O Itamaraty completou que acompanha com forte preocupação essa situação, que coloca em risco a paz, a segurança e a economia mundial.
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